Sicride prende subtenente da reserva do Exército acusado de pedofilia

O Serviço de Investigação de Criança Desaparecida (Sicride), em parceria com a Central da Polícia Civil, de Santa Catarina, prendeu, na sexta-feira, (27) o subtenente da reserva do Exército, Luis Gonzaga Mattos, 75 anos, em Florianópolis, Santa Catarina. Mattos possuía um mandado de prisão, expedido pela Justiça de Guaratuba, litoral do Paraná, por cometer o crime de abuso sexual contra três crianças com menos de 14 anos, em 1997.

O acusado foi apresentado na manhã deste sábado (28) na delegacia da Polícia Civil em Guaratuba. As investigações dos crimes atribuídos ao subtenente vão se concentrar em Guaratuba, no litoral catarinense e em Curitiba, uma vez que há denúncias contra ele em diversos locais, inclusive em Brasília.

Há cerca de seis meses, o Sicride recebeu uma série de denúncias contra Mattos. Então, uma equipe, chefiada pela delegada Márcia Tavares dos Santos, iniciou uma investigação e levantou que havia um mandado de prisão contra o subtenente em Guaratuba. Durante as buscas, a delegada soube que Mattos estaria em Santa Catarina. A polícia catarinense auxiliou no cumprimento do mandado de prisão. Segundo a delegada, havia uma série de denúncias de pedofilia contra o acusado também em Santa Catarina.

?Há suspeitas de que ele mantinha contatos com pessoas ligadas a uma creche e desta forma tinha facilidade para fotografar crianças e enviar para um site na Espanha?, contou a delegada. Mattos, de acordo com a polícia, se mudou várias vezes em Florianópolis.

A polícia informou que, na época em que morava em Guaratuba, Mattos, então com 67 anos, levava as crianças para a própria casa, onde abusava sexualmente delas. Em seguida, o subtenente dava dinheiro às crianças como forma de tentar evitar que fosse denunciado após os abusos. Ele ainda presenteava os familiares.

A delegada do Sicride contou também de que há suspeitas de que ele esteja envolvido com desaparecimentos, mortes e abusos de crianças em Curitiba, em 1952, 1957 e 1958 e, em Brasília, em 1968 quando morou na capital federal. Ainda há suspeitas de diversos abusos que ele possa ter cometido desde 1952. De acordo com Márcia, Mattos nega que tenha cometido qualquer crime.

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