As empresas Shoptime (canal de TV de venda de produtos), CIL Informática de São Paulo e a loja de roupas masculinas Via Veneto estariam entre as que recebiam mercadorias da quadrilha que sonegou ao menos R$ 500 milhões em impostos aduaneiros, desbaratada nesta quarta-feira (16), segundo fontes envolvidas nas investigações. A Polícia e a Receita Federal prenderam nesta quarta-feira na Operação Dilúvio pelo menos 79 pessoas acusadas de participar do esquema.

continua após a publicidade

Pelos cálculos da Receita Federal, pelo menos 24 empresas comercializavam os produtos importados pela quadrilha. Por motivos de sigilo fiscal, a Receita e PF não informaram os nomes das empresas. Entre os presos está o empresário Marco Antônio Mansur, paulista apontado como principal líder do grupo. Ele morou no Paraguai e constituiu elevado patrimônio.

Além de Marco Antônio Mansur, foi preso em Santa Catarina um assessor da secretaria de Fazenda do Estado. Na sua residência, foram encontrados US$ 1 milhão e R$ 470 mil em dinheiro vivo. A assessora financeira da quadrilha, Alessandra Salewski, também foi detida. O filho de Marco Antônio Mansur, o Marquito (Marco Antônio Mansur Filho) foi preso e estaria colaborando com as investigações. O braço da quadrilha no Rio de Janeiro, Antonio Carlos Barbeito Mendes (o Tony) está foragido. Também foram presos nove servidores da Receita, que estariam envolvidos no esquema.

A Polícia Federal tem apoio da Receita Federal para executar mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Paranaguá (PR) e Itajaí (SC) em mais de 200 locais nos Estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Espírito Santo e em Miami, nos Estados Unidos. As buscas acontecem em residências dos envolvidos, empresas do esquema, principais clientes, depósitos de mercadorias, escritórios de advocacia e de despachantes e colaboradores.

continua após a publicidade