Eleita a melhor jogadora do Grand Prix, a oposto Sheilla – "Fenômeno", como é chamada pela companheiras de seleção brasileira numa referência ao craque Ronaldo – vem ganhando importância desde que chegou ao grupo, em 2004, depois da Olimpíada de Atenas. Como Giba na seleção masculina, é de Sheilla a responsabilidade de virar as bolas de segurança da equipe, de definir os pontos nos momentos críticos do jogo. "Quando o time está bem é fácil jogar. A seleção estava bem, eu só acompanhei.
O apelido Fenômeno é recente. "A Sheilla começou a dar umas largadinhas no treino e a gente ficava zoando: ‘Olha a habilidade, parece o Fenômeno.’ Contra a Itália, ela acertou umas três. Por isso, o apelido pegou", conta a meio-de-rede Fabiana. "Tudo o que faço é com a ajuda do time. Se as deixadinhas continuarem caindo, melhor para o Brasil", diz Sheilla.
Sobre a boa fase na seleção, a oposto não esquece de mencionar que muito de seu desempenho vem do entrosamento com a levantadora Fofão. "Joguei com ela no Minas quando estava começando e voltamos a nos encontrar agora. Ela pega rápido o seu jeito de bater na bola e deixa o trabalho mais fácil.
Sheilla ressalta que a experiência de jogar na Itália está sendo útil. "É a melhor liga do mundo. As melhores atletas estão lá e você joga contra elas o tempo todo." Sheilla renovou com o Pesaro por mais uma temporada e vai trabalhar com o técnico José Roberto Guimarães e a ponta Mari. Depois, pode voltar ao Brasil.
As melhores por fundamento: jogadora, Sheilla; saque, Nancy Carrillo (CUB); ataque, Fabiana (BRA); líbero, Arlene (BRA); levantadora, Eleonora Lo Bianco (ESP); pontuadora, Ekaterina Gamova (RUS); bloqueio, Sara Anzenello (ITA).