Severino se diz preparado para assumir a presidência em caso de impeachment

O presidente da Câmara dos Deputados Severino Cavalcanti, reclamou várias vezes, em entrevista, nesta segunda-feira, da obstrução dos trabalhos do Congresso por causa das CPIs.

"É importante que o País cresça. CPI é CPI e trabalho da Câmara é trabalho da Câmara. Vamos fazer esta semana que sejam tratados projetos importantes, como o estatuto da micro e pequena empresa."

Severino também disse que, nesta terça-feira, reunirá os líderes partidários para convergirem numa posição em relação a pontos sobre os quais não há divergência na reforma política, para que estes tramitem na Casa em caráter de "urgência urgentíssima."

Indagado se o Congresso tem credibilidade para fazer a reforma política ou votar uma Assembléia Nacional Constituinte, como sugeriu a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o presidente da Câmara disse que há essa credibilidade e que "muitas notícias são infundadas, não vamos pensar só em desastre, vamos fazer o País trabalhar, não podemos ficar com esse pensamento negativo".

Sobre sua avaliação da aprovação do salário mínimo de R$ 384 pelo Senado, ele respondeu que "foi um caso impensado do Senado. É preciso um mínimo que as empresas e municípios possam pagar, tem que ser o aprovado na Câmara e não na orgia do Senado".

Questionado também se estaria preparado para assumir interinamente a presidência em caso de impeachment do presidente Lula, ele respondeu que sim e que prova disso é que a imprensa não acreditava na suas condições para subir à Câmara, "e me mostrei preparado". Ele concedeu entrevista após encontro de dirigentes da Firjan, no Rio.

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