O presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), disse há pouco só
vai decidir na próxima semana, após sua viagem a Roma – onde assistirá aos
funerais do papa João Paulo II – se vai mesmo devolver à Presidência da
República as medidas provisórias que considerar sem urgência ou relevância. A
ameaça de tomar essa atitude foi feita ontem por Severino. O regimento interno
da Câmara permite a devolução de projetos de lei, mas não aborda a questão das
MPs. Por isso, ele mandou a assessoria dele estudar se essa atitude pode ser
estendida às Mps.

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Atualmente, há oito MPs trancando a pauta do plenário
da Câmara, impedindo os deputados de votar outras matérias, o que irritou seu
presidente.

Quanto a sua viagem à capital italiana e ao Vaticano, a
convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado dele e dos
ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e José Sarney (PSDB) no Airbus
presidencial, o presidente da Câmara disse que sua expectativa "é muito boa",
porque ele poderá conversar com pessoas que estão também interessadas em prestar
ao papa uma homenagem tão grande quanto ele.

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