O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), acredita que ainda há possibilidade do Congresso votar, este ano, pontos da Reforma Política que podem ser incluídos na legislação eleitoral já a partir de 2006.
"Por isso convoquei as lideranças, porque havendo um acordo, será aprovado, tranqüilamente, para que possamos utilizar (as mudanças) para o próximo pleito", avaliou.
Severino Cavalcanti se reuniu, nesta segunda-feira, com empresários na Federação de Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e recebeu do presidente da entidade, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, uma proposta para a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte específica para aprovar emendas à Constituição que permitam mudanças nas estruturas política e administrativa do país.
Segundo o presidente da Câmara, ele e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vão se reunir amanhã no Congresso com os líderes dos partidos nas duas casas para discutir as medidas que podem ser tomadas para dar andamento à Reforma Política. A idéia, explicou Cavalcanti, é definir os assuntos em que não haja divergências para buscar a aprovação mais rápida. "Vai ter urgência urgentíssima", garantiu.
Entre os pontos que ele defende para a Reforma Política está a fidelidade partidária. "Temos que acabar com o que aconteceu aqui no Rio de Janeiro. Dezesseis deputados dormiram num partido e acordaram em outro, quer dizer, o travesseiro não ajudou, ou ajudou a que eles aceitassem as propostas que receberam. Fidelidade partidária é importante", disse.
Severino Cavalcanti destacou ainda o financiamento público de campanhas e o código de ética. "Não podemos aceitar que as empresas que financiam tenham essa história de caixa dois. Nada de caixa dois", afirmou. Para ele, o financiamento deve ser feito diretamente aos partidos. "Que os partidos usem criteriosamente as dotações que são dadas para os empresários", disse.
