O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Severino Cavalcanti, garantiu
nessa quarta-feira (9), durante o encerramento dos debates da VIII Marcha a
Brasília em Defesa dos Municípios, que o aumento de um por cento na alíquota do
Fundo de Participação dos Municípios (FPM) será votada "dia 29 de qualquer
maneira" e que não aceitará " a interferência de ninguém".
"Esse aumento
previsto na reforma tributária, em discussão na Câmara e que será votado, vai
ser votado quer tenha unidade ou não; quer o governo queira ou não; quer as
lideranças queiram ou não, será votado para que os prefeitos possam chegar às
suas cidades e saber que a Câmara dos Deputados mudou".
Ao ser
questionado sobre sua posição em relação à votação, Severino negou que esteja do
lado dos prefeitos. "Eu estou do lado do presidente Lula, porque o presidente
está do lado do Brasil. Eu não acredito que o presidente Lula vá lutar contra os
prefeitos porque ele não vai vetar projetos que vamos aprovar na Câmara dos
Deputados no dia 29 de março. Não há nada que impeça a votação no dia 29. Nós
faremos votar e eu tenho certeza que o presidente da República vai sancionar".
Severino acredita que o crescimento nacional depende da prioridade que o
governo dá aos municípios. "O desenvolvimento do município, tanto do ponto de
vista econômico como do social, jamais deve ser visto como mero efeito colateral
de políticas públicas federais. Se queremos um Brasil forte, altivo e soberano
devemos antes de tudo, priorizar o município. É no município que a cidadania
deixa de ser um conceito abstrato para se tornar uma realidade e se na qualidade
de homens públicos não lutarmos por melhorias para o município pouco teremos do
que nos orgulhar no nosso país".
Cavalcanti disse ainda que será o
presidente dos prefeitos brasileiros. "Me coloco à disposição da Confederação
Nacional dos Municípios e quero dizer aos prefeitos que para falar com o
presidente da Câmara não precisa pedir audiência porque o presidente estará à
disposição de todos os senhores para ajudar no que for possível nessa luta que é
de fato de todos nós".