O presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti, rechaçou, há pouco,
afirmação do presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), de que teria
pressionado pela manutenção de Dimas Fabiano Toledo na Diretoria de Engenharia
de Furnas, cujo cargo seria dado ao PTB.
Jefferson disse que, a pedido do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, faria a indicação para o cargo de direção
de Furnas, mas que, durante assembléia da companhia, a substituição foi suspensa
por determinação da ministra de Minas e Energia, Dilma, Rousseff, por pressão do
líder do PP, deputado José Janene (PR), e do presidente da Câmara, que teriam
"se acertado com o diretor que já estava no cargo".
Severino nega que
tenha feito essas pressões e reafirmou que as únicas indicações que fez foram as
do deputado Ciro Nogueira (PP-PI) para o Ministério das Comunicações e de Djalma
Rodrigues para uma diretoria da Petrobrás. "E nenhuma foi aceita", salien tou
Severino.
Quanto aos deputados de seu partido acusados de receber o
"mensalão", o presidente da Câmara disse que não vai assumir a defesa deles. "Eu
sou um magistrado", disse ele. "Eles que são do partido que se
defendam".
Severino fez essas afirmações em entrevista logo depois de
receber o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes partidários
nas duas Casas do Congresso para um café da manhã em sua residência oficial.
