O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, voltou a criticar hoje a política de juros do governo na abertura oficial da 14ª Festa Nacional da Maçã, em São Joaquim, na serra catarinense. Ele disse que "as taxas não são compatíveis com o poder dos pequenos e médios agricultores" e, dedo em riste, pediu a ajuda da senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que estava presente no palco apinhado de deputados, prefeitos e secretários, para convencer o governo a baixar os juros. "Ideli não pode deixar que continue assim", disse Cavalcanti.

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Ele chegou a São Joaquim, vindo de Blumenau, em um helicóptero, na companhia do deputado federal João Pizzolatti (PP-SC). Recebido como uma celebridade, percorreu a exposição de maçãs e outras frutas produzidas na região, provando várias delas.

Em seu discurso, o presidente da Câmara fez questão de destacar a ajuda que teve da bancada catarinense para conquistar seu cargo e iniciar as mudanças no legislativo. "A Câmara não se verga, não se entrega a ninguém. A pauta quem faz é a Câmara e não o Poder Executivo, como era feito anteriormente".

A cerimônia foi uma façanha política. No mesmo palco se alinharam políticos do PP, que eram maioria, PMDB e PFL. Só de prováveis candidatos a governador havia três, o prefeito de Lages, Raimundo Colombo (PFL), a própria Ideli e o atual governador, Luiz Henrique da Silveira (PMDB). O quarto era o ex-governador Esperidião Amin (PP), que preferiu o conforto de uma cadeira na platéia, embora chamado várias vezes para subir ao palco.

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