O presidente da Câmara dos Deputados Severino Cavalcanti (PP-PE), disse, nesta segunda-feira, em entrevista coletiva, que os esclarecimentos dados, no último domingo, pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, de que não estava envolvido num sistema de corrupção implementado na prefeitura de Ribeirão Preto (SP), "convenceu a todos".
"O ministro Palocci saiu-se muito bem. Mostrou sinceridade e não se notava, na entrevista que ele deu, nenhum temor", declarou Severino, ao chegar ao Clube Monte Líbano, em São Paulo, onde participa de encontro realizado pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB). "O ministro enfrentou (as denúncias) com bravura e mostrou ao Brasil que não são todos que têm mácula", complementou.
Para o presidente da Câmara, a manifestação de Palocci atendeu um "pensamento da sociedade brasileira", no qual não se pode "misturar o joio ao trigo". "Ele (Palocci) é o trigo. É o que dá força para que todos os políticos possam fazer com que o Brasil saia dessa posição, dessa luta em que querem destruir (o País)", disse o parlamentar.
Por outro lado, Severino entende que o joio são "aqueles que o governo já tirou de suas funções". Indagado por jornalistas, se já era possível identificar nomes nesse grupo, ele respondeu: "O joio ainda não apareceu. As comissões de sindicância estão investigando e o joio vai aparecer."
Ainda na linha de defesa de Palocci, Severino Cavalcanti disse que não concordava com a fala do ministro, de que não era insubstituível, porque permaneceria prevalecendo a atual política econômica, independentemente de quem ocupasse o cargo. "Palocci disse que não é insubstituível como prova da sua humildade, mas o Brasil precisa de Palocci. Se ele sair, vai ser um desastre para a economia do País", opinou.
"A escolha de Palocci é o que está salvando o governo Lula. Ele é uma das maiores expressões do Brasil e nós temos que resguardá-lo, fazer com que continue nesse trabalho de defesa da sociedade brasileira", complementou.
