Rio – A balança comercial de maio do setor têxtil e de confecções apresentou déficit de US$ 14,4 milhões. No acumulado desde janeiro, o superávit alcançou US$ 16,9 milhões, contra U$ 190,9 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
Os dados foram divulgados hoje (9) pelo diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, acrescentando que o resultado representa uma retração de 91,14% no saldo comercial do setor nos cinco primeiros meses deste ano.
Na análise de Fernando Pimentel, os números refletem o efeito do real valorizado frente ao dólar, "que prejudica as exportações e favorece as importações, e a falta de acordos comerciais para facilitar o acesso do Brasil aos principais mercados mundiais".
As exportações brasileiras do setor totalizaram, em maio, US$ 148,2 milhões, com uma queda de US$ 11,5 milhões em relação a maio de 2005. Este é o segundo déficit comercial mensal do setor neste ano ? o primeiro foi em março, de US$ 10 milhões. De janeiro a maio, as exportações atingiram US$ 834,8 milhões, com crescimento de 3,75% sobre igual período do ano passado.
"Se o panorama que vigorou até agora não mudar, o país poderá registrar em 2006 o primeiro déficit comercial desde 2000", alertou o diretor superintendente da Associação. Pimentel revelou que o último déficit anual da balança comercial do setor têxtil e de confecções, no valor de U$ 384 milhões, foi registrado em 2000.