A indústria de móveis brasileira teve crescimento de 17,27% comparado a 2005, com um faturamento de R$ 14,133 bilhões, muito além do que foi previsto no ano anterior, que foi de uma expectativa de 5% para 2006, segundo balanço setorial divulgado, em Arapongas, PR, pela Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel). Esse aumento deve-se ao aumento na disponibilidade de crédito, a juros menores, e à
participação de famílias de baixa renda, antes fora do mercado de consumo, e ao aquecimento da demanda nos três últimos meses de 2006. Outro fator que provocou a melhoria no índice foi a estabilidade econômica e o crescimento do PIB do país, de 2,9% de acordo com relatório do IBGE de 28 de fevereiro.

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Segundo os dados apurados pela entidade, as exportações setoriais tiveram queda de 4,65% em 2006 em relação a 2005 devido principalmente ao câmbio desfavorável. Essa freada no crescimento das exportações deve-se à sobrevalorização do real ante o dólar, de acordo com os dirigentes da entidade. O setor busca trabalhar essa dificuldade,
investindo ainda mais na capacitação tecnológica e de melhoria de gestão, de processos e de design, por intermédio do programa Brazilian Furniture, parceria da Abimóvel com a Apex. A entidade nacional dos fabricantes de móveis brasileiros dará continuidade a esse programa vitorioso, que ajudou a movelaria brasileira a passar de cerca de US$
485 milhões/ano para quase US$ 1 bilhão a partir de 2004. Embora os embarques para o exterior tenham sofrido uma pequena queda, ainda assim a balança comercial do setor em 2006 é positiva, com um saldo de US$ 819 milhões, ou seja, o setor moveleiro continua a contribuir para o superávit comercial brasileiro. A expectativa do setor moveleiro para 2007 é de um aumento em seu percentual de crescimento. "Se forem
mantidas as condições econômicas internas e externas, devemos ter um índice de crescimento superior ao de 2006", avalia José Luiz Diaz Fernandez, presidente da Abimóvel.

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