O setor de Tecnologia da Informação (TI) do Distrito Federal se organizou e está realizando ações estratégicas que estão impulsionando a conquista do objetivo do grupo, que é a consolidação da imagem ‘Brasília Capital Digital’ por meio da expansão do mercado para as empresas e do aumento de oferta de mão-de-obra especializada.

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Em 2005, o Sebrae no DF teve a iniciativa de selecionar, entre outras atividades importantes na Capital, o setor de TI como objeto de estudos para a estruturação de um Arranjo Produtivo Local (APL). ?O apoio do Sebrae está orientado para que os empresários do setor privado sejam os dinamizadores de todo o setor?, explica a gestora do projeto, Cristina Vieira.

?O APL é formado por um grupo de empresas que tem a visão do coletivo para tornar o segmento forte, ganhar mercado e concorrer no mercado externo?, diz o coordenador de captação de recursos e marketing do arranjo produtivo, Alexandre Barros.

O APL de TI concentra 30 empresas do DF, mas cerca de 170 empreendimentos participaram das suas ações em 2006, garante o coordenador executivo da sua governança, Ricardo Masstalerz, que diz: ?O trabalho em grupo maximiza esforços e resultados?.

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O trabalho resultou na assinatura de um convênio com o Banco do Brasil para viabilizar linhas de crédito, com recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). Com taxas de juros reduzidas, o crédito é voltado para que as empresas financiem a parte que lhes cabe nas ações estratégicas instituídas pelo APL.

?O diferencial é que, pela primeira vez em uma negociação, o Banco do Brasil se mostrou sensível à mudança de sua política de capital próprio. Como o desenvolvimento de software não é tangível, o convênio garante que sejam aceitos Planos de Negócios como instrumento oficial para avaliar o crédito?, comemora Alexandre Barros.

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Outras ações estratégicas estão contribuindo para a qualificação do setor, como as capacitações em finanças e gestão, vendas e a inserção das empresas de desenvolvimento de software no ‘Projeto de Melhoria do Processo de Software Brasileiro’, o MPS.BR, um selo de qualidade técnica que, por exemplo, diferencia as empresas das suas concorrentes em licitações. O processo ainda está em andamento e vai beneficiar 30 empresas.

?O MPS.BR abriu a frente para outros processos de certificação com a mesma qualidade?, explica Alexandre. Sendo assim, um dos objetivos do grupo para 2007 é a conquista de novas certificações, como o ITIL e Cobit, na qualidade de serviços, e a PMP, na gestão de projetos. ?Que a certificação vire uma cultura para área de TI e que o mercado perceba e valorize as empresas que têm este diferencial?, deseja Alexandre.

Este mês será lançado um catálogo de produtos e serviços das empresas que fazem parte do APL. Os convidados para o lançamento serão: adidos comerciais das embaixadas, governo local, federal e empresas privadas. O objetivo é divulgar os produtos e as empresas e estabelecer parcerias comerciais para internacionalização.

O mercado de TI do DF e seu enorme potencial para uma cidade moderna como Brasília, serão destaque na Feira do Empreendedor 2007, do Sistema Sebrae, que acontece entre os dias 5 e 13 de maio. No evento, as empresas vão lançar inovações tecnológicas nas áreas de robótica, voipe, educação a distância e geoprocessamento, dentre outras.