Setor de material de construção prevê recorde de novos empregos

O setor de materiais de construção deve fechar 2006 com recorde em faturamento e na geração de empregos tanto na indústria da construção civil quanto na venda direta ao consumidor. A estimativa é da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e do Sindicato da Indústria de Construção Civil de São Paulo (SindusCon-SP), que prevêem números bem mais otimistas no Paraná, São Paulo e Santa Catarina, onde os governos estaduais reduziram as alíquotas do ICMS da maioria dos produtos da cesta básica da construção.

Nos sete primeiros meses do ano, o crescimento acumulado das vendas foi de 6% e a estimativa é chegue a 8% até o final do ano, em relação ao ano anterior. Será o maior faturamento dos últimos 12 anos e que provocado uma elevação de 2,5% no número de empregados no comércio do setor e 6,1% na construção civil. Dados d e julho do  Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que a construção civil foi um dos setores que contribuíram para a expansão do emprego com carteira assinada.

No Paraná, depois que o Governo do Estado reduziu os impostos para o setor, foram contratados nos primeiros sete meses do ano 40.095 trabalhadores e demitidos 34.404, um saldo positivo de  5.691 empregos com carteira assinada, crescimento de 9,18%, taxa acima do índice nacional calculado em 4,34%.

Especificamente em julho, o setor continuou crescendo. O Paraná foi o Estado que mais gerou emprego no Sul, região que compreende ainda Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A elevação percentual na região foi de 0,8%, com um saldo positivo de 1.781 vagas.O Paraná obteve um saldo de 660 empregos (0,97%). 

O nível de emprego com carteira assinada na construção civil brasileira rompeu, no mês de julho, a barreira de 1,5 milhão de postos de trabalho. O total de 1.507.695 de trabalhadores formais do setor em julho é o maior desde novembro de 1998, quando havia 1.508.772 empregados na construção civil.

O resultado de julho foi alcançado após uma elevação de 1,81% sobre o mês anterior, com um saldo de contratações de 26,8 mil trabalhadores. O aumento representa um acréscimo de 8% no ano e de 9,6% em 12 meses e de 6,1% em relação à situação de dezembro de 2005, quando havia 1,396 milhão de trabalhadores formalizados no setor. No acumulado de doze meses, o levantamento apontou um saldo positivo de 121 mil trabalhadores formais, o que significa alta de 8,9% no período.

As razões para o aumento das vendas estão relacionadas à redução de impostos, da taxa juros (Selic) e à expectativa de melhora na renda, de acordo com o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.

Em fevereiro, o governo federal lançou um pacote que desonerou ou reduziu 41 materiais de construção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Em junho, outros 11 produtos foram incluídos na lista. Estados como Paraná, São Paulo e Santa Catarina, a redução do ICMS chegou a significar uma redução de 20% do preço em muitos produtos. ?Isso permitiu ao consumidor fazer reformas e ampliações?, concluiu Cláudio Conz.

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