O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, informou que a entidade entregou ontem ao governo um estudo de competitividade do setor automotivo com o objetivo de ajudar nas discussões e na elaboração de medidas para incentivar a expansão do setor.

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Entre as principais conclusões do documento elaborado pela consultoria PriceWaterhouseCoopers está a necessidade de a indústria automotiva brasileira atrair novos investimentos globais a fim de assegurar sua capacidade tecnológica e de crescimento da produção, além de manter o peso relativo para competir no cenário mundial. No entanto, esse cenário depende de investimentos em infra-estrutura, principalmente na área logística, e de uma reforma tributária, que garanta não só melhores condições para atender à demanda interna, como também as exportações.

Na avaliação da Anfavea, se tomadas as medidas necessárias, a indústria automotiva instalada no Brasil pode elevar sua produção em 10% ao ano entre 2006 e 2013, alcançando um volume de 5,1 milhões de unidades ao ano, com um total de empregos de 2 55 milhões no universo automotivo, que engloba outros segmentos (como área de financiamento bancário, seguradoras e autopeças, entre outros), além da cadeia produtiva do setor. Em um cenário menos otimista, a Anfavea projeta um crescimento da produção de 5,2% ao ano no mesmo período, atingindo 3,72 milhões de unidades ao ano em 2013. "O Brasil pode alcançar a meta de produzir 5 milhões de unidades, se receber novos investimentos. Este é um objetivo realista", afirmou Marcos de Almeida, sócio-diretor da Price e responsável pela área automotiva na América Latina.

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