Rio ? Os imóveis da fraudadora do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Jorgina Maria de Freitas Fernandes, vão a leilão, por determinação do presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJERJ), Sérgio Cavalieri Filho.

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Conforme a nota do Tribunal divulgada hoje (24), ao todo serão vendidos 60 imóveis, avaliados em R$ 10,3 milhões, que foram incluídos em uma lista elaborada pelo INSS. "A condenação de Jorgina de Freitas já transitou em julgado, consolidando-se o seqüestro dos bens", justificou o presidente do Tribunal.

De acordo com o Tribunal, os imóveis, comprados com dinheiro da Previdência Social, estão nos estados no Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro ( Regiões dos Lagos, Serrana e Norte). Somente na cidade do Rio de Janeiro há apartamentos no Leblon (zona sul), terrenos na Barra da Tijuca e Jacarepaguá (zona oeste), Andaraí (norte) e no Centro.

Como alguns imóveis foram embargados por compradores, ainda não há data para o leilão. A venda será feita em três lotes diferentes, conforme determinação do desembargador Cavalieri Filho. Os leiloeiros Rodrigo Portella, Edgar de Carvalho Júnior e Norma Machado foram indicados pelo INSS.

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O seqüestro dos imóveis foi decretado pela Justiça para evitar que o patrimônio, sob administração do INSS, fosse liquidado.

A condenação de Jorgina de Freitas a 14 anos de prisão foi decretada pelo Tribunal de Justiça em julho de 1992. Na mesma condenação foram incluídos o ex-juiz Nestor José do Nascimento, o ex-procurador do INSS Marcílio Gomes da Silva e os advogados Astor Cardoso Pontes de Miranda, Ilson Escóssia da Veiga, Cláudia Caetano Bouças e Wilson Ferreira. As fraudes, calculadas em R$ 500 milhões, aconteceram Vassouras, São João de Meriti e Duque de Caxias.

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