Servidores de 23 varas do Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª Região (TRT), em Curitiba, cruzaram os braços ontem e anteontem. A suspensão aconteceu em prol da movimentação de um projeto de lei que diz respeito à revisão salarial dos servidores do Judiciário federal.
Atualmente, no TRT, são três cargos envolvidos nesse projeto: auxiliar judiciário, com salário de R$ 1.325; técnico judiciário, com R$ 2.662; e analista judiciário, com R$ 4.367 mensais. O movimento é nacional.
De acordo com a coordenadora do Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho (Sinjutra), Carla Rovel, os grevistas querem a equiparação salarial com outros servidores que exercem as mesmas funções.
“Um analista em início de carreira no Tribunal de Contas, por exemplo, ganha R$ 12 mil. Isso é injusto, pois as atividades são exatamente as mesmas”, reclama. No entanto, para alcançar esse aumento, Rovel explica que o projeto precisa sair do Supremo Tribunal Federal (STF), onde permanece desde outubro.
“Queremos que nosso projeto de revisão salarial saia do STF e vá para o Congresso Nacional o quanto antes. Isso já deveria ter acontecido, pois o próprio Gilmar Mendes (ministro do STF) nos disse que o projeto iria para o Congresso dia 19 de outubro, o que não aconteceu por causa da intervenção de algumas associações de magistrados e promotores que são contra o aumento”, argumenta.
Por meio de sua assessoria, o STF informou que não tinha qualquer pronunciamento a fazer sobre a manifestação, bem como não há uma data para que o processo seja encaminhado ao Congresso Nacional.
Informática
Após sete dias de braços cruzados, servidores da Companhia de Informática do Paraná (Celepar) optaram por encerrar a greve após reunião com diretores da estatal. Eles conseguiram algumas melhorias, como banco de horas, auxílio-babá e creche.
Além disso, terão reuniões com a estatal para definição do plano de carreira, cargos e salários; plano de demissão voluntária para aposentados; e plano de participação nos lucros.
Já no Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), por outro lado, o desentendimento entre funcionários e gestores continua. Os servidores completam hoje 23 dias de paralisação sem data para terminar, uma vez que o Serpro se nega a atender às reivindicações por melhores salários dos trabalhadores.