O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social do Paraná (Sindprevs) agendou para amanhã à tarde, em Curitiba, uma assembléia estadual para discutir as diretrizes da greve, que completa hoje dois meses. Segundo a diretora do sindicato, Jaqueline de Gusmão, a assembléia vai escolher os delegados que representarão o Paraná em Brasília, na próxima sexta-feira, na plenária com o movimento nacional.
Ela disse que a expectativa é de uma contraproposta do governo à pauta apresentada pela categoria, de avaliação de desempenho e reposição salarial de 47,11%. Segundo a diretora, o governo propõe o pagamento parcelado em seis anos e os grevistas reivindicam o prazo de quatro anos, ou aguardam contraproposta.
De acordo com informações do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a greve se mantém estável no Paraná. Das 52 agências existentes no estado, 28 atendem parcialmente a casos de urgência e 24 funcionam normalmente. Segundo a Assessoria de Comunicação Social, 340 dos 1.654 funcionários lotados no Paraná não estão trabalhando, o que significa uma adesão de 20% da categoria ao movimento.
Balanço divulgado hoje pela superintendência mostra que no mês de julho foram concedidos 16.424 benefícios contra os 23.575 concedidos no mês maio, antes da paralisação, indicando que quase 70% dos serviços continuam sendo prestados. Apenas nos requerimentos de benefícios, como aposentadorias, esse índice é menor. Em maio foram solicitados 21.341 contra os 11.526 do mês de julho. Essa queda é justificada pelo menor numero de pessoas que procuram os postos de atendimento devido a greve.
