Os funcionários do BC reivindicam um reajuste médio de 64%, que representaria, em termos práticos, um aumento de R$ 500 milhões na folha de pagamento do BC. O governo, por sua vez, ofereceu um reajuste máximo de R$ 165 milhões na folha de pagamento e reajustes escalonados. A proposta foi duramente criticada pelos servidores, que defendem o reajuste completo ainda em 2004.
A última proposta do governo estabelecia o seguinte cronograma: 20% do reajuste em outubro, 20% em março de 2005, 20% em agosto de 2005 e 40% em outubro de 2005. “Na prática isso representaria um acréscimo na folha de pagamento de apenas R$ 105 milhões”, disse Amaral.
Segundo os dirigentes sindicais, a greve não ficará restrita aos servidores do BC que trabalham na sede, em Brasília. “São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Salvador também já decidiram pela greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira”, disse o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) no Distrito Federal, Paulo de Tarso Calovi. As unidades de Fortaleza, Recife e Belém ainda não tomaram uma decisão, mas a expectativa de Calovi é de adesão total ao movimento.
As unidades que já aprovaram a greve representam cerca de 85% dos funcionários do BC em todo País. O comando de mobilização quer que a diretoria do banco intervenha para abrir novamente o canal de negociação com o governo. “Esperamos que o diretor de Administração, João Antônio Fleury, que participa das negociações, fale também em nome dos funcionários do BC”, disse Amaral
continua após a publicidade
continua após a publicidade