Servidores do Banco Central aguardam proposta do governo

Os funcionários do Banco Central (BC) esperam que o governo apresente na segunda-feira uma nova proposta de pagamento do aumento salarial médio de 23% da categoria. “Foi isso o que os negociadores do governo nos disseram na reunião de hoje”, afirmou o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do BC (Sinal) em Brasília, Paulo Calovi. Até lá, os servidores do BC prometem manter a greve iniciada na segunda-feira.

A paralisação continuou hoje com um nível de adesão em Brasília acima dos 90%. “O único pedido que o governo nos fez foi o de manter em funcionamento os serviços essenciais do banco mas isto nós estamos fazendo”, disse Calovi. Apesar disso, o valor das reservas internacionais permaneceu sem atualização e a ptax (taxa média de câmbio das operações contratadas no mercado) continuou sendo divulgada com atraso.

Os serviços de distribuição de dinheiro aos bancos também continuaram sendo afetados pela greve. O Banco do Brasil (BB), no entanto, tem autorização para fazer este serviço se vier a ocorrer falta de dinheiro nas agências bancárias.

O governo apresentou na terça-feira uma proposta de pagar em três vezes o aumento dos salários dos servidores do BC. “Seriam 30% em setembro, 20% em abril de 2005 e 50% em junho”, disse o presidente do Sinal. A proposta, entretanto, foi rejeitada pelos funcionários do BC, que reivindicam o pagamento em apenas duas vezes. “Seria pago algo ainda neste ano e o restante até o final do primeiro trimestre de 2005”, disse o presidente do Sinal em Brasília.

Com o reajuste, o piso salarial dos analistas do BC passará de R$ 5.179,00 para R$ 6.400,00 e o dos técnicos subirá de R$ 2.400,00 para R$ 3.200,00.

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