A paralisação de 24 horas da Polícia Federal suspendeu nesta quarta-feira (28), no Rio de Janeiro, os serviços ao público na sede do órgão, o encaminhamento de passaportes, a emissão de certificados de antecedentes criminais e o registro de armas. Também foram paralisadas as tomadas de depoimentos, as investigações e as perícias. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal, Telmo Correa, a mobilização não atingiu o plantão e as atividades realizadas por agentes federais no Aeroporto Internacional do Galeão.
Segundo Correa, a adesão ao movimento foi total entre os cerca de 2.000 servidores que trabalham na Polícia Federal no Rio de Janeiro. Só 30% do efetivo está trabalhando para cumprir a exigência legal de atender os serviços considerados essenciais, como a segurança de instalações e a emissão de passaportes urgentes e de guias de transporte para produtos químicos, informou.
Correa adiantou que a partir das 17 horas a paralisação deve afetar o Aeroporto Internacional Tom Jobim-Galeão, caso não haja uma resposta positiva do governo reivindicações da categoria. Os policiais estão parados nas repartições. No aeroporto a paralisação ainda não foi deflagrada, mas no decorrer do dia nós vamos deliberar e paralisar o embarque no aeroporto, mantidos os 30% essenciais, informou Correa.
A mobilização dos servidores da Polícia Federal no Rio de Janeiro integra a paralisação nacional da categoria deflagrada nesta quarta-feira em protesto ao descumprimento do acordo salarial firmado com o governo no ano passado. A principal queixa dos servidores é em relação segunda parcela do acordo que deixou de ser paga em dezembro, conforme previa a negociação.