Brasília – Cerca de 50 servidores do Ministério da Cultura e de órgãos ligados ao ministério promoveram um ato simbólico para abrir os caminhos do Plano de Carreira. Nesta sexta-feira (25), pela manhã, eles jogaram sal grosso na entrada do Ministério do Planejamento, onde funciona a Secretaria de Recursos Humanos.
De acordo com a coordenadora de artes cênicas da Fundação Nacional de Arte (Funarte) e representante do Comando Nacional de Greve dos Servidores da Cultura, Júlia Guedes, a manifestação foi um ato de limpeza.
?O sal grosso na verdade serve para tomar banho. Existe uma tradição de que o sal grosso tem uma propriedade de limpeza. Então, julgando que nesse momento o próprio Ministério do Planejamento está entravado, achamos necessária essa desintoxicação do Planejamento."
Os servidores do Ministério da Cultura (MinC), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Funarte, Biblioteca Nacional e Fundação Palmares estão em greve, desde o último dia 15, para exigir o cumprimento do acordo assumido pelos ministros da Cultura e Planejamento e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público (Condsef), em 2005, após uma greve de 100 dias da categoria.
?Em junho 2006 fizemos reunião com o ministério e ficou garantido que no final daquele mês seriam feitos alguns ajustes. Mas só concederam gratificações e nada foi resolvido do plano de carreira?, reclama Júlia Guedes.
Segundo o Condsef, a implantação do plano contemplará aproximadamente 4 mil servidores, entre ativos e inativos e corresponderá a 0,32% na despesa mensal com o pessoal civil do Executivo Federal, R$ 152 milhões. Entretanto, o Ministério do Planejamento afirma que nenhuma reunião da categoria está marcada com a Secretaria de Recursos Humanos.
Minutos antes da manifestação, o prédio do Ministério da Cultura teve que ser esvaziado devido a uma ameaça de bomba. Os sindicalistas afirmaram que não tinha relação com o fato.
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