O coordenador de Apoio Logístico do Departamento de Polícia Legislativa (Depol) da Câmara, Normando Fernandes, atingido por uma pedra na invasão dos integrantes do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) no último dia 6, terá que esperar de 60 a 90 dias até voltar ao trabalho. Esse é o período necessário para ele se recuperar do traumatismo craniano.
Hoje, Fernandes recebeu em casa o diretor-administrativo da Câmara, José Carlos Pereira; o irmão do presidente da Câmara, Apolinário Rebelo; e o diretor do Departamento de Polícia Legislativa, Renato Câmara.
Vandalismo
"A invasão da Câmara dos Deputados pelos manifestantes sem terra foi um ato de vandalismo. Muitos grupos sociais apresentam suas reivindicações de forma ordeira. O que aconteceu naquele dia foi um absurdo", diz Fernandes. "Eles agiram premeditadamente. Vi, na mão deles, instrumentos de retirar paralelepípedo das ruas. Eles usavam aquilo como armas contra a segurança da Casa", ressalta.
Depois de ser ferido na cabeça durante a invasão, Fernandes foi atendido no Serviço Médico da Câmara, onde teve convulsões, e depois foi encaminhado para a UTI do Hospital Santa Lúcia, onde chegou a estar em coma induzido.
Perfil
Normando Fernandes, 35 anos, ingressou na Câmara em setembro de 1993, depois de passar em 60º lugar no concurso realizado um ano antes. É formado em dois cursos superiores: Direito, na UDF, e Geografia, na Upis. É casado com Érika Cristiane Pereira Fernandes e pai de Giovanna. No próximo mês nascerá o segundo filho do casal.