O setor de serviços aumentou o número de empresas e de empregos entre 1998 e 2002, mas reduziu o rendimento dos trabalhadores. Pesquisa divulgada hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou um crescimento de 57% no total de empresas de serviços em cinco anos. A expansão ocorreu especialmente em segmentos vinculados a novas tecnologias, como atividades de informática (114%) e correio e telecomunicações (101%). No caso da ocupação, o aumento no total do setor no período foi de 32% – nesse caso com destaque para atividades de informática (78%) e, ainda, de representantes comerciais. No entanto, o salário real dos serviços cresceu bem abaixo da ocupação de 1998 para 2002 (20%). A remuneração média do setor chegou a apresentar uma queda de 11% em 2002, na comparação com o ano anterior.
Para a técnica da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Juliana Vasconcelos, a queda no rendimento de um ano para o outro ocorreu por causa de “condições adversas” da economia e também porque os segmentos que mais elevaram a ocupação, como o de limpeza em domicílios, são os que pagam os menores salários. Segundo ela, tendo em vista os cinco anos pesquisados, o aumento do número de empregos no setor é natural porque serviços tradicionalmente absorvem mão-de-obra em níveis mais elevados que os demais setores da economia.
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