O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), pré-candidato a presidente, repetiu hoje, uma vez mais, a estratégia que adota ao longo dos últimos meses: não economizou críticas ao governo federal, mas, sobre a eventual candidatura, calou-se.
Ao inaugurar um telecentro no bairro do Belenzinho, zona leste da capital paulista, Serra destacou que o projeto teve início na gestão anterior, da pré-candidata a governador Marta Suplicy (PT), e que a atual administração municipal promoveu pequenos ajustes, procurando expandir a oferta desses centros de computadores conectados à internet para o uso da população.
De acordo com ele, a atual gestão não carrega contornos de "política partidária", diferentemente do que entende haver no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O governo federal desativou programas de mutirões de cirurgias e diagnósticos de doenças; o Cartão Único da Saúde praticamente foi extinto; o Programa de Combate à Aids foi enfraquecido, e o Programa de Medicamentos Genéricos deixou de receber um apoio importante", listou, para, em seguida, acusar que tais medidas foram tomadas pela administração federal do PT por terem sido iniciadas durante a gestão dele no Ministério da Saúde.
Depois, Serra negou que manteria um encontro privado hoje com o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). Informações procedentes de Brasília davam conta de que Jereissati cobraria hoje do prefeito de São Paulo uma posição definitiva sobre a candidatura. Serra recusou-se a falar sobre a eventual candidatura presidencial. "Ah, não, hoje aqui é só telecentro", disse.
