O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, classificou nesta segunda-feira (04) de "arma eleitoral" a proposta de concertação que vem sendo defendida pelo PT com o objetivo de permitir a governabilidade em um eventual segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Toda essa conversa é para botar cortina de fumaça no processo eleitoral", considerou.
Segundo o candidato, a cortina de fumaça seria para impedir que se veja "o empenho que o partido vem fazendo pela eleição de Geraldo Alckmin (presidenciável da coligação PSDB-PFL)". Serra disse que o tempo para o primeiro turno das eleições é longo: "Temos 27 dias pela frente.
Ele disse que a proposta de concertação tem a finalidade de dar a idéia de que Lula vai ganhar as eleições. "Mas essa idéia não está estabelecida, só vai estar no dia da eleição. Alckmin está crescendo e se Deus quiser vamos para o segundo turno e vamos ganhar essa eleição", emendou.
Além de criticar a proposta petista, José Serra negou que já tenha conversado a respeito do assunto com algum interlocutor do governo Lula. "Quando querem falar sobre o que fazer depois da eleição com Lula sendo eleito, é uma maneira de ajudar o Lula a ter mais votos", voltou a criticar.
O tucano foi enfático ao dizer que não tem conversado com eventuais interlocutores petistas e nem pretende discutir o assunto antes da conclusão do processo eleitoral. "Claro que não topo, é precipitado." Questionado se havia conversado com o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) a esse respeito, Serra brincou: "Com Aldo, só o Palmeiras, pois ele é palmeirense, e com palmeirense eu jamais recuso conversa.
Serra fez campanha hoje em Perus, na capital paulista. Ele esteve acompanhado de alguns correligionários, tais como do vice de sua chapa, Alberto Goldman, e do candidato ao senado, Guilherme Afif Domingos (PFL). No local, Serra prometeu mudar o pedágio do quilômetro 27 da rodovia Anhangüera para o quilômetro 29, na entrada de Caieiras. "Vamos falar com a concessionária e vamos mudar, porque é fundamental, já que muitos moradores (de Perus) têm de pagar para se deslocar dentro da própria região.
