O candidato a presidente José Serra (PSDB-PMDB) defendeu hoje, em São Paulo, o fim do porte de armas para civis. Ao comentar o assassinato da menina Tainá, de 5 anos  vítima de uma briga de trânsito em Alto de Pinheiros, zona oeste da capital paulista, que aconteceu ontem (11), Serra afirmou que o porte de armas leves deveria ser restrito àqueles que trabalham na área de segurança, como policiais e detetives.

?Essa história de que porte de armas por pessoas particulares ajuda a segurança é conversa. Essa menina foi morta exatamente por ter gente que tem porte de armas sem ser de área de segurança?, afirmou ele, que classificou o assassinato de ?barbaridade?.  ?Isso mostra a importância de nós barrarmos a comercialização de armas no Brasil.? Serra tem adotado a questão da violência como uma das principais bandeiras de campanha, defendendo até mesmo propostas polêmicas como o trabalho para presidiários.

Ontem (11), em encontro no Rio com entidades que reúnem vítimas de violência, que teve a presença da autora de novelas Glória Perez, cuja filha, a atriz Daniela Perez, foi assassinada em 1992, Serra prometeu enviar ao Congresso um projeto de alteração do Código Penal para reduzir a impunidade.

Além de penas mais longas para criminosos, o candidato da Coligação PSDB-PMDB a presidente defendeu o fim da liberdade condicional para seqüestradores e traficantes de armas e de drogas e de regalias, como visitas íntimas para presos de alta periculosidade. ?Nós temos de pensar nos direitos humanos, sim, mas temos também de pensar nos humanos direitos.?

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