São Paulo – O governador de São Paulo, José Serra, disse, ontem (14) à noite, que considera pouco provável que haja sobreviventes no local onde ocorreu o desmoronamento das obras do metrô. Ao visitar o local pela terceira vez, ele fez elogios ao trabalho de resgate dos bombeiros.
Nesse domingo, uma das frentes da equipe de resgate, que trabalha dentro do túnel, conseguiu visualizar, em dois momentos, parte do microônibus da empresa Transcooper que está desaparecido desde sexta-feira 12). No entanto, dois deslizamentos impediram nova visualização do microônibus e suspenderam, temporariamente, essa frente de trabalho, até que se estude uma nova alternativa para a retirada do veículo.
?O trabalho tem que reiniciar agora, não se sabe direito. Já temos até um cabo ligado e nós começamos por cima novamente (segunda frente de trabalho, que retira a terra do túnel) para aliviar a carga e evitar novos desabamentos?, disse Serra.
?Na verdade, se não fosse a van e as possíveis vítimas, isso já teria sido tudo preenchido e o trabalho começaria de novo. Mas isso não pode ser feito até o resgate das vítimas?, afirmou o governador.
A equipe de resgate do Corpo de Bombeiros trabalha com a hipótese de que sete pessoas estejam desaparecidas: o motorista, o cobrador e dois passageiros de um microônibus que fazia a linha Casa Verde-Pinheiros, o motorista de um caminhão que trabalhava na obra e dois pedestres que passavam pela Rua Capri no momento do acidente.
A equipe de Defesa Civil do munícipio informou que mais duas casas, as de número 87 e 187 da Rua Capri, terão de ser demolidas, somando-se ao estacionamento e à casa de número 162 já demolidos no sábado.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse que as duas pistas da Marginal Pinheiros, sentido Santo Amaro-Castelo Branco continuariam interditadas. ?Será um dia difícil, as marginais são muito importantes para a circulação viária da cidade de São Paulo?. Kassab também disse que o rodízio continuará suspenso.