O estudo apontou ainda que houve queda da inadimplência de empresas nos três bimestres do ano. Segundo o Indicador Serasa de Inadimplência, o maior decréscimo foi registrado no terceiro bimestre (maio e junho), de -21,2%. O segundo bimestre (março e abril) fechou em -12,2% e o primeiro apresentou queda de 16,2%.
Segundo técnicos da Serasa, a diminuição da inadimplência de empresas em todo o país, no primeiro semestre do ano, é resultado do crescimento da economia brasileira, que vem propiciando maior geração de recursos para as empresas pagarem seus compromissos. O maior nível de atividade econômica contribuiu também para o aumento das vendas das empresas, principalmente do setor industrial e agronegócios, que foram favorecidas pela expansão das exportações.
A realização de novos negócios, o melhor controle de estoques e a renegociação de preços e prazos com fornecedores permitiram às empresas administrar o orçamento de modo mais equilibrado.
Os técnicos ressaltam que o aumento da carga tributária por causa da mudança das regras de cálculo, as altas taxas de juros praticadas pelo mercado e o reajuste das tarifas públicas continuam sendo os maiores desafios enfrentados pelas empresas neste ano, pois dificultam o pagamento de dívidas assumidas anteriormente.
De acordo com o Indicador Serasa de Inadimplência, a maior representatividade na inadimplência de empresas de janeiro a junho de 2004 é de títulos protestados com a participação de 45%, inferior aos 49% registrado em igual período do ano anterior e 48%, em 2002. O segundo índice na representatividade é o de cheques sem fundos, que aumentou de 36% em 2003 para 39% do total neste ano. Em 2002, a participação dos cheques devolvidos era 37%.
Segundo o estudo, o valor médio das anotações negativas de cheques sem fundos (PJ) atingiu R$ 1.150 em junho. Já o de títulos protestados este ano registrou R$ 1.313,00. O valor médio dos registros no sistema financeiro foi R$ 2.760,00.
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