O delegado da Divisão Anti-Seqüestro (DAS), Wagner Giudice, afirmou nesta segunda-feira (14) que pelo menos dois cativeiros foram usados no seqüestro do repórter da TV Globo Guilherme Portanova e do auxiliar técnico Alexandre Calado. Segundo Giudice, os dois ficam na zona sul da capital e um deles já foi identificado.

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Segundo a polícia, pelo menos seis pessoas participaram do seqüestro e a ordem para o crime pode ter partido de presos que estão nas penitenciárias de Presidente Prudente e de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. As informações são da TV Globo.

Marcos William Herbas Camacho, o Marcola, também é suspeito, já que está preso em Presidente Prudente e é considerado o principal líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que condicionou a libertação de Portanova à exibição de um vídeo. Há ainda a suspeita de que um dos mentores do crime seja o chileno Maurício Hernandez Norambuena, líder dos seqüestradores do publicitário Washington Olivetto, em 2002.

O International News Safety Institute, instituto especializado em segurança de jornalistas, divulgou nesta segunda-feira uma nota manifestando "profunda satisfação e alívio pela libertação do repórter Guilherme Portanova e do auxiliar Alexandre Calado".

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Calado foi libertado ainda na noite de sábado levando um DVD com a gravação de um depoimento produzido pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), com a orientação de que o material fosse veiculado na íntegra pela emissora, para garantir a vida do repórter. No vídeo, um criminoso, usando uma touca ninja, exige o fim do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) implantado no sistema prisional paulista.

O vídeo foi divulgado na madrugada de domingo, para todo o Estado de São Paulo, mas Portanova foi liberado somente por volta da 0h30 de hoje, em uma rua do bairro do Morumbi, na zona sul. Ele não soube identificar o carro no qual estava quando foi deixado pelos criminosos naquela região da cidade. Um segurança de uma empresa privada foi quem socorreu o repórter e o levou até a sede da emissora, no bairro do Brooklin.

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