Inaugurado no segundo semestre do ano passado, o presídio federal de Catanduvas, que fica no interior do Paraná, recebeu neste sábado (3) o primeiro preso estrangeiro. No início da tarde de sábado, chegou à penitenciária de segurança máxima o chileno Maurício Hernandez Norambuena, que participou em dezembro de 2001 do seqüestro do publicitário Washington Olivetto. Ele foi condenado a 30 anos de prisão pela justiça brasileira no final de 2003.
Além de seqüestro, ele cumpre pena por tortura e formação de quadrilha. Ele chefiou o grupo que seqüestrou Olivetto e já cumpriu parte da sentença em Taubaté e em Presidente Bernardes. Desde novembro de 2006, o seqüestrador cumpria pena na Penitenciária de Avaré, interior de São Paulo.
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que transportou Norambuena de São Paulo para o Paraná pousou no aeroporto de Cascavel por volta das 13h. O seqüestrador foi levado para Catanduvas em seguida, num percurso de 60 quilômetros.
Ele usava o uniforme amarelo da penitenciária e estava com os pés algemados. Em Catanduvas, o seqüestrador ocupará uma das 208 celas individuais do presídio, que são divididas em quatro módulos.
De acordo com o Ministério da Justiça, a penitenciária tem 12,6 mil metros quadrados de área construída e é dotada de infra-estrutura e equipamentos de segurança de última geração, como aparelhos de raio X e de coleta de impressão digital, detectores de metais, além de equipamentos que identificam vestígios de drogas, armas e explosivos. O presídio é monitorado 24 horas por dia por cerca de 200 câmeras de vídeo.
No Chile, Norambuena foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato do senador Jaime Guzmán e pelo seqüestro de Cristián Edwards, filho do proprietário de um jornal de Santiago. Ele era membro do movimento de esquerda Frente Patriótica Manuel Rodríguez (FPMR).