Foi inaugurado na noite da última quarta-feira (28), em Ponta Grossa, o primeiro Núcleo
de Tecnologia Cerâmica do Paraná. "A idéia é oferecer um suporte apropriado para
aproveitar na sua plenitude todo o potencial das indústrias cerâmicas e olarias
paranaenses", explicou Rodrigo da Rocha Loures, presidente do Sistema Federação das
Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), durante a solenidade de inauguração do
laboratório, que será o primeiro do gênero no Estado, com foco no processo produtivo
da cerâmica vermelha paranaense. O Núcleo poderá certificar a qualidade dos produtos
das cerâmicas e olarias regionais. Hoje, o Estado conta com 634 indústrias do setor em
atividade.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Olarias e Cerâmicas da Região Centro
Sul do Paraná (Sindicer/Centro Sul), Valdir Gnatta, o Núcleo é uma conquista para o
segmento. "Ele atenderá a demanda das empresas das quatro regiões do Estado. Trará
mais qualidade porque as argilas já estarão analisadas e aprovadas para o uso
específico", comentou o presidente do Sindicer/Centro Sul, que representa 98 empresas, responsáveis por cerca de 1.850 empregos diretos.
O presidente do Sindicer/Oeste Sudoeste, Lairton Simonatto, também comemorou a
inauguração do Núcleo. "É mais uma ferramenta que trará a melhoria da qualidade do
nosso produto. A partir de hoje teremos condições de detectar onde estamos pecando na fabricação do nosso produto. Com qualidade, estaremos em igualdade de condições com as indústrias de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e poderemos vislumbrar novos mercados, como os Estados Unidos e a Europa", considerou o presidente do Sindicer/Oeste Sudoeste, que representa 65 indústrias que geram cerca de 2,2 mil empregos diretos.
Para o presidente Sindicato da Indústria de Extração de Minerais Não-Metálicos de
Ponta Grossa, Gustavo Ângelo Madalosso, o Núcleo também colaborará para o
desenvolvimento das indústrias fornecedoras de matéria-prima para cerâmicas e olarias.
"Toda a indústria de mineração que não se adaptar aos novos tempos e não agregar
tecnologia e conhecimento estará fadada ao fracasso. Trata-se de uma ferramenta muito importante na melhoria da qualidade de todo o setor", afirmou Madalosso.
O Núcleo de Tecnologia Cerâmica funcionará como uma verdadeira linha de produção,
abrangendo desde a preparação de matérias-primas e formulação de massas até os
processos de conformação, secagem, queima e testes em produtos acabados. O laboratório servirá não apenas para a realização de ensaios, mas também para o treinamento e capacitação dos profissionais, visando o desenvolvimento e a inovação tecnológica do setor de cerâmica vermelha do Paraná.