A bancada de senadores dos quatro estados do Centro-Oeste quer aumentar investimentos em infra-estrutura dentro dos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Senadores de Distrito Federal, Goiás, Mato-Grosso e Mato-Grosso do Sul encontraram-se hoje (8) para discutir o assunto.
"Nenhum de nós vai atrapalhar um plano de desenvolvimento, mas vamos criticá-lo, antecipa senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), escolhida como relatora do grupo e responsável pela redação do manifesto. Para a senadora goiana, o PAC fala em promover ambiente favorável aos negócios, mas não trata de redução de juros, não fala em reforma tributária, não fala em equilíbrio maior do câmbio. O ambiente favorável de negócios não vai existir, critica.
A senadora Seres Slhessarenko (PT-MT) defende a mudança no programa e justifica a articulação da bancada. "discutimos algumas questões que estão no PAC e que a região Centro-Oeste talvez esteja precisando de uma maior mobilização para fazer com que tenha mais recursos de infra-estrutura".
Os senadores também vão propor a desvinculação de receitas para os estados como acontece com a União. Já tem a DRU [Desvinculação de Recursos da União] e os estados querem a DRE, disse o senador Jonas Pinheiro (PFL-MT). "Queremos que 20% do orçamento dos estados fique livre para aplicação dos governos estaduais", explica o parlamentar.
Quanto aos projetos de infra-estrutura, a posição dos senadores é de garantir o que está previsto no programa, sobretudo na área de transporte como é o caso da construção da BR 163, da BR 242 e do término da duplicação da BR 060.
Além desses, os senadores querem viabilizar novos projetos como o poliduto para combustíveis entre o Mato-Grosso e o porto de Paranaguá (PR); o Anel Rodoviário do DF e estender a Ferrovia Norte-Sul até Porangatu (norte de Goiás). Os doze senadores representantes da região estiveram reunidos com o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda e com o governador do Mato-Grosso do Sul, André Puccinelli em almoço na residência oficial em águas claras. Um novo encontro deverá ocorrer em 1 de março, cinco dias antes da reunião do presidente Lula com os governadores.
