A vice-líder do governo no Senado Federal e integrante da CPMI dos Correios, Ideli Salvatti, sugeriu nesta quarta-feira que a comissão só ouça o doleiro Toninho Barcelona depois que o procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, avaliar caso.
Advogados do doleiro protocolaram esta semana um pedido de delação premiada na Procuradoria Geral da República. Se aceito, o doleiro teria diminuída a condenação de 25 anos de cadeia por remessa ilegal de dinheiro para o exterior.
"Toninho Barcelona fez chantagem com a nação em benefício próprio. Fez insinuações e ilações sem apresentar provas. Disse que só apresentará prova se tiver redução de pena, algo que o juiz responsável pela condenação dele negou", ressalta a senadora Ideli Salvatti. "Se o procuador entender que ele tem questões importantes a apresentar, podemos avaliar a vinda dele. Caso contrário, prestaríamos um desserviço às investigações."
nesta terça-feira, Toninho Barcelona foi transferido para a capital paulista, sob escolta da Polícia Federal, para um encontro com um grupo de parlamentares da CPMI dos Correios. O doleiro falou, por aproximadamente três horas, na Delegacia Geral de Investigações da Polícia Civil de São Paulo. Na delegacia Geral de Investigações da Polícia Civil de São Paulo, ele disse ter revelações a fazer sobre políticos e ministros, mas não apresentou provas.
O doleiro foi preso pela Polícia Federal e está detido desde agosto de 2004 em um presídio em Avaré (SP), condenado por remessa de dinheiro para o exterior. Estima-se que tenha movimentado, em apenas uma de suas contas, mais de US$ 190 milhões.