Brasília – O vice-presidente do Conselho de Ética do Senado, Demóstenes Torres (PFL-GO), disse que os processos contra os senadores citados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas por envolvimento na compra superfaturada de ambulâncias não podem ser arquivados pelo presidente do órgão, senado João Alberto (PMDB-MA).

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Torres disse que se o presidente do Conselho de Ética decidir arquivar os processos contra os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) vai recorrer ao plenário da casa e ao Supremo Tribunal Federal. ?Se houver insistência de arquivar o procedimento, vou fazer um recurso ao plenário da casa e até ao Supremo Tribunal Federal para que o Conselho de Ética tenha o direito de investigar?, afirmou.

O senador explicou que os processos só poderiam ser arquivados se não houvesse um fato federal, se fosse questão relativa à vida privada, ou fato anterior ao mandato, desde que não fosse parlamentar ou acusação que não implicasse crime ou quebra de decoro. ?Todos esses elementos estão presentes. Então, ele tem que designar um relator. Ele não tem alternativa?, ressaltou.

Torres concorda com o presidente do conselho que os relatores não devam ser do mesmo partido dos investigados."Avaliação de culpado ou inocente tem que ser feita no final. Não é agora. Não é porque Vedoim é um bandido que ele não sabe o que está dizendo. E também o relator vai ter que agir com total isenção?, disse.

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