O Conselho de Ética do Senado adiou a leitura do parecer contra o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) para o dia quatro de outubro, depois do primeiro turno das eleições, que ocorre no dia 1º do mês que vem.
A sessão marcada para hoje (20) não foi realizada por falta de quórum. Para votação do relatório, era preciso, no mínimo, oito senadores. Mas apenas seis assinaram a lista de presença.
O relator do processo, senador Jefferson Peres (PDT-AM), criticou a ausência dos parlamentares. "Os membros do conselho têm o dever de comparecer, mesmo sacrificando suas campanhas".
Suassuna disse preferir que leitura fosse feita ainda hoje. "Estou muito tranqilo, pois não tenho culpa de nada". Sobre assinatura de sua ex-chefe de gabinete Mônica Teixeira em um documento que pedia a liberação de emenda parlamentar para compra de ambulâncias, ele disse que, se fosse culpado, ele mesmo assinaria. "Isso é uma bobagem. Se eu fosse da quadrilha, porque ia pedir para alguém assinar?".
O senador paraibano responde a processo disciplinar por suposto envolvimento com o esquema de compra superfaturada de ambulâncias por meio de emendas parlamentares.
Até o momento, os depoimentos previstos para hoje no Senado estão confirmados, porque não necessitam de quórum para ocorrer.
