O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, participou nesta terça-feira (13), em Curitiba, do seminário ?Construindo o Corredor de Biodiversidade Araucária?, que discute a articulação das ações entre os órgãos federais e estaduais como Incra, Ibama, Ministério do Meio Ambiente, Instituto Ambiental do Paraná e Emater para formação de corredores biológicos com foco principal na floresta com auarucária.

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?Precisamos criar possibilidades de conectar os remanescentes da floresta com araucária, agindo de forma articulada. Este Seminário coloca a floresta em posição estratégica e prevê um plano de incentivo e extensão dos remanescentes?, disse o secretário Rasca Rodrigues. Segundo ele, as técnicas para estender o bioma de araucária no Paraná envolvem programas voltados a conservação do solo, mata ciliar, reserva legal, entre outros.

O evento foi promovido pelo Projeto Paraná Biodiversidade, que prevê a formação de ?corredores de biodiversidade? por meio da conexão de remanescentes florestais como matas ciliares, reservas legais e unidades de conservação.

De acordo com o coordenador do Projeto Paraná Biodiversidade, Erich Schaitza, o Seminário propõe que cada órgão de governo assuma o seu papel ? normalmente diferenciados ? caminhando em uma mesma direção que é a formação dos corredores. ?O Incra, por exemplo irá desenvolver ações de adequação ambiental dos assentamentos localizados nas áreas dos Corredores com assistência técnica diferenciada?, explicou Erich. ?Apenas a formação da reserva legal em assentamentos totalizaria um volume maior de reserva legal do que a soma das Unidades de Conservação no Estado?, exemplificou.

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Ele disse ainda que o foco no bioma da araucária se deve ao fato de ser uma floresta que ainda pode ser encontrada no Paraná, mas que possui desafios a serem superados para que haja expansão. ?Hoje o mais difícil é convencer o agricultor a voltar a plantar a araucária?, ressaltou Erich.

Os debates abordarão aspectos relacionados à legislação ambiental, participação de produtores rurais, ações de educação ambiental, coleta de sementes em Unidades de Conservação e reservas ambientais, técnicas de ecologia da paisagem e de conservação genética com foco na araucária e, ainda, propostas para o Corredor de Biodiversidade Araucária.

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O coordenador de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Marcos Sorrentino, lembrou que o processo de educação ambiental dos agricultores não pode ser interpretado apenas como um meio para conseguir um fim.?Não se pode pensar em fazer a mata ciliar e a reserva legal apenas para cumprir a legislação. A sociedade deve ser estimulada a pensar que estas ações são em prol da conservação da vida. No momento que este conceito passar a ser compreendido outras ações farão parte do dia-a-dia do cidadão como os resíduos sólidos, a qualidade do ar e a produtividade do solo?, avaliou Sorrentino.

O Seminário prossegue até esta quarta-feira (14), às 16 horas, na sala de reuniões da Emater. O endereço é Rua das Bandeiras, 500 bairro Ahú, em Curitiba.