Semana define apostas para Copom

Com poucos indicadores importantes previstos para divulgação no Brasil e nos Estados Unidos, a semana deve ser marcada pela definição das apostas para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), que ocorre nos dias 28 e 29 de novembro. Hoje, os analistas estão divididos

A maior parte acredita em um corte de 0,50 ponto porcentual, mas nos últimos dias cresceu o número dos que cravam uma redução de 0,25 ponto porcentual, por conta da recente subida da inflação

Por isso, as atenções estarão voltadas para o anúncio do Índice Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de novembro, na sexta-feira. Esse indicador é considerado um antecedente do IPCA que baliza as metas de inflação do País.

"O IPCA-15 deve refletir a recente alta dos preços dos alimentos mas, em compensação, captará a queda dos preços dos combustíveis", disse Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos. A projeção dele é de uma alta de 0,35%. No mercado, a estimativa mais freqüente é de uma elevação de 0,33%.

O outro dado relevante da semana é a taxa de desemprego de outubro, que será divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira. Rosa espera um número menor que o de setembro, que foi de 10%. "Além do fator sazonal (proximidade do Natal), a economia deu sinais de melhora no mês", afirmou.

As tendências para os principais mercados são consideradas indefinidas pelos analistas. No de juros, espera-se grande volume de negócios por causa da proximidade do Copom, mas a direção das taxas futuras será dada dia após dia. A Bolsa de Valores de São Paulo e o mercado de câmbio devem registrar volatilidade, como já ocorreu no fim da semana passada, por causa do vaivém das cotações de commodities no exterior.

Para Marcelo Elaiuy, diretor financeiro do Banco Credibel, esse será o principal fator de influência no mercado brasileiro nas próximas semanas. "Se as cotações realmente entrarem numa tendência de queda, afetam negativamente a balança comercial brasileira." Isso sem falar que puxariam para baixo os resultados de empresas como Petrobras e Vale do Rio Doce, que têm grande participação no Índice Bovespa.

Nos Estados Unidos, a agenda é fraca e, por causa do feriado de Ação de Graças, quinta-feira, os negócios serão praticamente encerrados na quarta. Na sexta-feira, ponte do feriado, a Bolsa de Nova York fecha mais cedo.

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