O mercado financeiro terá uma semana morna, com volume baixo de negócios e poucos indicadores de impacto. Mas os ativos podem sofrer alguma pressão vinda do cenário internacional, especialmente dos Estados Unidos. Aliás, boa parte dos índices que recheiam a agenda econômica desta semana (que terá apenas três dias de operações) vem do mercado americano.

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Segundo o economista-chefe da Gap Asset Management, Alexandre Maia, o principal deles será divulgado na quarta-feira e refere-se a vendas de imóveis novos no mês de novembro. A expectativa é que os números venham em linha com o mês anterior, apresentando uma ligeira alta, conforme previsão de analistas. Desta forma, o número de vendas deve alcançar algo em torno de 1 025 milhão ante 1,004 milhão. ?Os dados podem ser interessantes e dar uma boa sinalização sobre o crescimento da economia americana?, afirma Maia.

Na avaliação dele, cada novo número que sai no mercado americano confirma o cenário desenhado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que prevê crescimento um pouco mais moderado que nos anos seguintes. Isso poderá ser conferido na terça-feira quando será apresentado o índice de atividade referente a dezembro. No dia seguinte, além dos dados sobre venda de imóveis serão divulgados estoque de petróleo e derivados.

Na quinta-feira, o mercado vai conhecer o índice de confiança do consumidor americano também referente ao mês de dezembro, além dos pedidos iniciais de auxílio desemprego até 23 de dezembro. Neste mesmo dia, serão divulgados também os números de novembro de venda de imóveis existentes. Espera-se que a as vendas tenham uma queda de 0,64% em relação o mês anterior, de 6,24 milhões para 6,15 milhões.

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No mercado interno, a agenda está fraca. Amanhã será apresentado o saldo da balança comercial em dezembro e também o relatório Focus, com expectativas de 100 instituições financeiras pesquisadas sobre inflação, câmbio, PIB e juros, entre outros.

Na quarta-feira, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgará a Sondagem de Confiança do Consumidor de dezembro. Espera-se que a confiança do consumidor mantenha-se em alta como nos períodos anteriores. A agenda brasileira termina na quinta-feira com o IGP-M de dezembro medido pela FGV. Neste caso, a expectativa é que o índice reflita a desaceleração dos produtos agrícolas. Na sexta-feira, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não terá pregão.

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