O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, apresentou nesta terça-feira, durante a reunião semanal de governo, o plano de contenção dos danos ambientais e ações que vêm sendo executadas após o acidente com o navio chileno Vicuña, em Paranaguá.

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Cheida destacou o monitoramento, realizado desde a data do acidente por técnicos da Secretaria e Instituto Ambiental do Paraná (IAP), dos trabalhos de contenção e limpeza dos locais atingidos. Além disso, o secretário mostrou, através de mapas e gráficos, os pontos mais afetados e falou sobre a falta de preparo das empresas que trabalham com produtos tóxicos para reagir e prevenir um acidente deste porte.

O navio Vicuña estava carregado com 14 mil toneladas de metanol e explodiu após o descarregamento de 9 mil toneladas do produto. Além deste composto químico, o navio carregava 1.240 toneladas de full oil (óleo bruto), 150 toneladas de óleo diesel, 29,1 toneladas de óleo lubrificante e 2 toneladas de tintas e solventes. "Imagina-se que em torno de 1.150 toneladas de produtos variados vazaram ao mar. Ainda não é possível precisar o volume exato do vazamento em decorrência de não se ter acesso aos compartimentos internos do navio, que ainda possuem material estancado", explicou Cheida.

De acordo com o secretário, ainda não é possível dimensionar o impacto ambiental nas regiões atingidas pelo vazamento do óleo. "Sabe-se apenas quais foram os locais mais afetados pelo óleo, como é o caso das Ilhas de Piaçaguera, Cootinga, Ilha das Cobras, Ilha do Mel (ponta Oeste), Ilha das Peças e Cassueiro, alertou o secretário.

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A portaria assinada em conjunto com o IBAMA proibindo a pesca e uso da água nas baías de Paranaguá, Antonina e Guaraqueçaba foi mencionada e justificada pelo secretário, que acredita ter sido uma medida prudente para evitar que a população tivesse contato com alimentos ou água contaminada.

Com relação à fauna e à flora, foram criadas câmaras técnicas, envolvendo diversas instituições públicas que garantiram a captura de 136 animais, sendo apenas 11 com vida. Na última semana, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) coletou amostras de animais marinhos que foram enviados para análise para detectar contaminação por óleo.

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Devido à repercussão nacional do acidente e demanda pela procura de informações sobre praias afetadas, a Secretaria do Meio Ambiente disponibilizou ainda um link em seu portal na internet, atualizado diariamente e que está disponível no endereço www.pr.gov.br/meioambiente/acidente.

Podem ser encontradas informações como a avaliação de qualidade de água nas praias do Paraná, indicando a presença ou não de óleo no litoral, previsão do impacto ambiental (fornecida pela Simepar) e explicações sobre as conseqüências do acidente.

Também está disponível um mapa contendo os níveis de contaminação em cada uma das praias e ilhas, seguindo os padrões internacionais de poluição.
Já o presidente do IAP, Rasca Rodrigues, explicou os procedimentos adotados pela Coordenadoria de Acidentes Ambientais do IAP, criada em 2003, para o caso de um acidente como o de Paranaguá. Rasca falou ainda que já foram recolhidas 3,6 toneladas de água contaminada por óleo, 26 caminhões de resíduos e que 40 embarcações ainda trabalham no local. Além disso, 18 pontos do litoral estão sendo monitorados semanalmente pelo Instituto para avaliar a presença de óleo.