Sem-terra vão ao Congresso pedir votação do referendo sobre armas

Representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se reuniram hoje (17) com os presidentes da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). No encontro, eles apresentaram quatro reivindicações: votação e aprovação do projeto que autoriza a realização de referendo sobre a comercialização de armas de fogo e munição, votação da Proposta de Emenda à Constituição que autoriza a expropriação de terras onde for constatada a exploração de trabalho escravo e votação do projeto de lei que amplia a possibilidade de convocação de plebiscito, além da criação de Comissão Mista do Congresso Nacional para realização de auditoria das dívidas externa e interna no Brasil.

O presidente da Câmara defendeu a realização da reforma agrária acompanhada de orientação e infra-estrutura para os sem-terra. "Eu não posso aceitar um país onde poucos têm quilômetros e quilômetros de terra e outros não têm nada. Pelo menos que o governo se conscientize que precisa preparar esses sem-terra orientando, trabalhando, mostrando como é que se pode utilizar a terra", afirmou.

Já o presidente do Senado, Renan Calheiros, defendeu o diálogo com os movimentos sociais para atender suas demandas. "Eu sempre me pautei por isso". Renan disse esperar que as mudanças na elaboração Orçamento – estudades pelo Congresso Nacional – impeçam o contingenciamento de recursos para programas sociais.

A Marcha Nacional pela Reforma Agrária chegou ontem a Brasília, depois de 15 dias de caminhada, saindo de Goiânia. Doze mil pessoas estão na capital do país para reivindicar, entre outros pontos, a meta acordada com o governo em 2003 para assentar 430 mil famílias até o final da atual gestão. Até hoje, 60 mil famílias foram assentadas.

O presidente do PT, José Genoíno, disse que o partido apóia a marcha e a luta dos trabalhadores que querem a reforma agrária. Segundo ele, a idéia é trabalhar junto com o movimento para garantir os assentamentos. "Na agricultura familiar, no seguro agrícola e nos investimentos para melhorar os assentamentos estamos fazendo muito mais do que eram as metas em 2002 e 2004. O PT estará ao lado do Movimento dos Sem Terra e vamos lutar para viabilizar as metas de reforma agrária".

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