Parte do grupo de cerca de 300 manifestantes do autodenominado Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) tentou quebrar mais uma porta de vidro da Câmara dos Deputados – a que separa o Salão Verde, onde estão concentrados, do Salão Negro. Os manifestantes mais exaltados, porém, foram dissuadidos pelos próprios companheiros, que gritavam, em coro: "Volta! Volta!".

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Eles acabaram cedendo e retornaram ao Salão Verde. Logo após as 15h, quando iniciaram a invasão do prédio da Câmara, os manifestantes quebraram duas portas de vidro e destruíram praticamente todo o material usado em uma exposição sobre meio ambiente no Saguão do Anexo 2 da Câmara. Houve confronto entre seguranças e manifestantes e algumas pessoas ficaram feridas.

O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, convocou reunião com a direção da Casa para avaliar o que fazer para contornar a situação. O presidente Aldo Rebelo já avisou que não receber nenhum manifestante enquanto a confusão estiver instalada.

O deputado Paulo Rubem Santiago (PT-PE), um dos parlamentares que tentam intermediar uma negociação com os manifestantes, disse que estava preocupado porque não conseguia negociar com os líderes do movimento, que dizem que querem entregar uma carta ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)."Ou o pessoal se aquieta, ou vai entrar o choque", avisou Santiago, referindo-se aos mil soldados da Polícia do Exército (PE) convocados pelo deputado Inocêncio Oliveira (PL-PE), que preside a sessão do plenário da Câmara.

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O MLST, de acordo com líderes da manifestação de hoje, trouxe de diferentes pontos do País 1.100 pessoas que se encontram em Brasília. Líderes dizem que o objetivo é fazer manifestações pacíficas e conseguir uma audiência de Renan Calheiros para entregar ao senador uma carta com reivindicações como avanço na reforma agrária, negociação das dívidas dos produtores rurais e soluções para assentamentos, entre outras.