Um grupo de mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra do Paraná (MST) estão em Curitiba para pedir maior rapidez nos processos de reforma agrária no Estado. Eles vieram de diversos municípios do interior e fizeram uma passeata no centro da cidade. O protesto marcou o início da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária no Paraná.

Os trabalhadores rurais estão abrigados no ginásio Tarumã e devem ficar até o dia 23, data do encerramento da Jornada no Estado. Durante o encontros, os sem-terra participarão de palestras, exposições e discussões sobre o modelo agrário regional. Também devem participar de uma audiência pública com representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) amanhã.

Segundo o membro da coordenação estadual do MST, José Damasceno, um dos objetivos é chamar a atenção da sociedade para a situação do trabalhador do campo. “Muitas coisas precisam ser mudadas e o modelo econômico, que não gera empregos e riqueza é uma delas. Além disso, precisamos de créditos para o plantio da safra de verão. Isso tem um aspecto social grande e todos devem participar”, disse.

Conforme os dados do movimento, existem seis mil famílias acampadas no Estado e outras nove mil que ocupam áreas improdutivas. Cerca de 17 mil famílias estão assentadas atualmente, mas o objetivo é assentar as outras 15 mil.
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