Segundo a Polícia Militar, o confronto entre sem-terra e seguranças durou cerca de quatro horas e terminou somente após a chegada do reforço policial. Não há nenhuma suspeita sobre quem foi o responsável pelos tiros que mataram o sem-terra. Trinta policiais foram destacados para ficar no local, que continua com clima tenso.
As famílias estavam acampadas na frente da fazenda há 18 meses. Segundo a assessoria do MST, elas aguardavam o assentamento previsto pelo Plano Nacional de Reforma Agrária do governo federal. A fazenda Santa Filomena foi declarada latifundio improdutivo após ser vistoriada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 1997. Depois disso, o Incra instruiu o processo de desapropriação para fins de reforma agrária.
O MST exigiu em uma nota oficial a desapropriação da fazenda, a punição para os assassinos e mandantes da violência contra os sem-terra, e que o governo federal agilize o processo da reforma agrária, cumprindo as metas do PNRA.
Na madrugada de quinta-feira, 150 pessoas ligadas ao MST invadiram a fazenda Itambé, em Jundiaí do Sul, área com 170 alqueires considerada produtiva.
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