O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), disse que a Casa sempre esteve aberta para as reivindicações dos movimentos sociais, mas, ao saber das depredações e agressões aos servidores, disse que não pensou duas vezes e logo pediu a prisão de todos os envolvidos
"O que eu digo é que a prisão pode ser um ato de força ou um ato de autoridade. E acho que a autoridade do presidente da Câmara seria o suficiente", relatou o deputado, em entrevista ao Jornal das Dez, da Globo News. Ele disse que na semana passada esteve com o dirigente do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST), Bruno Maranhão, que não teria manifestado qualquer intenção de marcar uma audiência com o presidente da Câmara
"Eu acho que esse tipo de atitude, no fundo, é uma atitude de provocação", acusou Rebelo. O dirigente sem-terra pertence à Executiva Nacional do PT e já havia participado da invasão ao Ministério da Fazenda em abril do ano passado
Aldo Rebelo foi taxativo ao analisar a atuação do movimento. "Creio que pode ser o desespero, ou um simples equívoco achar que a democracia no Brasil pode funcionar mediante atos de intimidação das instituições, ou das forças democráticas do País", condenou
O presidente da Câmara frisou que não havia motivo para a invasão, pois ele sempre recebeu, "até em sua própria casa", dirigentes de movimentos sociais. "O espaço da Câmara é o espaço dos movimentos sociais", garantiu. "Agora, se alguém acha que pode chegar à Câmara, depredar, agredir servidores indefesos, destruir patrimônio que é do povo, só pode receber o tratamento que recebeu: todos presos e que respondam pelos seus atos.