A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) informou nesta quarta-feira (18) que quatro praças de pedágio, das 25 ocupadas ontem por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no Paraná, já foram desocupadas. Dentre estas, duas foram liberadas por força policial e duas espontaneamente. Segundo a entidade, outras 17 já conseguiram liminar na Justiça para reintegração de posse.
A entidade ainda não tem uma avaliação dos prejuízos causados às concessionárias de rodovias no Estado por conta do movimento. Segundo o MST, as invasões fazem parte da Jornada de Lutas pela Reforma Agrária, que ocorre em todo o País para "denunciar a impunidade do massacre de Eldorado de Carajás", ocorrido em 17 de abril de 1996.
A Companhia Concessões Rodoviárias (CCR), dona da RodoNorte, que administra no Estado uma extensão de 567 quilômetros de rodovias teve seis das suas sete praças de pedágio ocupadas por integrantes do MST. Apenas a de Jaguariaíva (perto da divisão com São Paulo) não foi ocupada. Até o início da manhã de hoje, os postos permaneciam ocupados pelos manifestantes. A empresa ainda não tem uma avaliação dos prejuízos causados pelo movimento.
As rodovias administradas pela RodoNorte formam o corredor de escoamento de um dos principais pólos de produção agrícola do Estado. O sistema abrange a BR-277 e a BR 376, ligando Curitiba às principais cidades no Norte do Estado; a PR-151, entre Ponta Grossa e Jaguariaíva, e a BR-373 – entre Ponta Grossa e o Trevo do Caetano, saída para o Norte do Paraná e Foz do Iguaçu.