A segunda-feira começa fraca em volume de negócios, devido a um feriado que mantém os mercados financeiros nos EUA e em alguns países da Europa fechados. Mas, mesmo com pouco combustível para os negócios, o mercado de juros dá seqüência à queda das taxas, embalado pelo ambiente favorável.
A "falta de emoção" no mercado, no entanto, deve se restringir apenas ao pregão de hoje. A partir de amanhã, a agenda esquenta e o mercado deve colocar à prova a disposição em vender juros, retomada na sexta-feira passada.
O mercado segue apostando que o Banco Central acelerará o passo e reduzirá a taxa Selic (juro básico da economia brasileira) em 0,5 ponto porcentual no início de junho. A taxa em vigor hoje está em 12,5% ao ano. Mas há espaço para apostas alternativas. Alguns analistas falam em corte de 0,75 ponto porcentual. E outros citam as declarações do presidente BC, Henrique Meirelles no Congresso, na quinta-feira passada, como argumento contra a ousadia. Meirelles repetiu o discurso de defesa da atual política monetária, destacando aos parlamentares que as conquistas garantidas até aqui foram pela parcimônia adotada pelo BC.
Às 10h30, no pregão viva-voz de contratos futuros de depósitos interfinanceiros (DIs) na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o vencimento de janeiro de 2008 projetava taxa de 11,35% ao ano (estava em 11,36% no final da sexta-feira). O contrato de DI de janeiro de 2009 é negociado hoje a 10,59% ao ano (10,63% na sexta) e o DI de janeiro de 2010 estava em 10,30% ao ano.