O atacante Éder Ceccon, que já atuou no São Paulo, Santos e outros clubes do Brasil, está enfrentando muitos problemas em sua passagem pelo Konyaspor, da Turquia, onde está desde julho de 2006.
Sem receber salários e luvas há três meses, o brasileiro quer se desligar do time, mas os dirigentes turcos não querem liberá-lo e até retiveram o passaporte do jogador alegando que ele tem que cumprir o contrato até maio deste ano.
Quem está assessorando o atacante na cidade de Konya, que fica a 600 quilômetros de Istambul, é o empresário Wagner Ribeiro, conhecido por cuidar das carreiras de jogadores famosos como Robinho e Kaká. De acordo com ele, a direção do Konyaspor é desonesta e só vai pagar o brasileiro caso ele renove seu contrato por mais três anos.
"Eles só vão pagar se o Éder continuar aqui até 2010. Isso não está certo. Vamos entrar na Fifa, mas o queremos agora é sair daqui e voltar para o Brasil. Aqui é o fim do mundo", afirmou, em entrevista por telefone para a Rádio Jovem Pan.
Wagner Ribeiro disse ainda que o brasileiro está com medo de alguma represália caso resolva sair da Turquia sem fazer um acordo com o clube.
"Ele está com sua noiva e virou um escravo do time. Treina todos os dias, joga, mas não recebe. Quer ir embora, até sem receber nada, mas tem medo de que aconteça alguma coisa. Sua família em Itajaí (no interior de Santa Catarina) até está achando que ele está preso aqui", declarou o empresário.
Em sexto lugar no Campeonato Turco – está 13 pontos atrás do líder Fenerbahce -, o Konyaspor luta por uma vaga na próxima edição da Copa da Uefa.
"Até os clubes grandes daqui da Turquia têm dificuldade para pagar, mas eles liberam o jogador. Só que no Konyaspor é diferente. A direção é corrupta. Comparando aqui com o Brasil, nós somos do primeiro mundo", reclamou, mais uma vez, Wagner Ribeiro.
Para tentar solucionar o problema o mais rápido possível, o ministro dos Esportes Orlando Silva Júnior já foi contactado e declarou que o Itamaraty será acionado imediatamente.