Sem contar juro, governo economiza R$ 6,4 bilhões em agosto

O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou superávit primário de R$ 6,427 bilhões no mês de agosto, ante um resultado de R$ 3,010 bilhões em julho.

O resultado de agosto veio muito acima do teto das expectativas do mercado para o resultado, que, segundo pesquisa da Agência Estado com analistas do mercado, era de R$ 4,3 bilhões. O piso era de R$ 3 bilhões. O número, surpreendente, também ficou bem acima da mediana das expectativas, em R$ 3,5 bilhões segundo pesquisa da AE.

Segundo os dados divulgados esta tarde pelo Tesouro Nacional, no acumulado do ano o superávit totaliza R$ 47,879 bilhões, o equivalente a 3,59% do PIB. No mesmo período de 2005, esse superávit foi de R$ 46,907 bilhões, o equivalente a 3,75% do PIB.

Em agosto o Tesouro Nacional contribuiu com um superávit de R$ 9 549 bilhões, enquanto a Previdência Social registrou déficit de R$ 3,100 bilhões. O Banco Central também registrou déficit, de R$ 22,3 milhões.

Meta

O superávit primário do governo central de janeiro a agosto já superou em cerca de R$ 5 bilhões a meta do governo para o segundo quadrimestre, que era de R$ 42,l9 bilhões.

De acordo com a nota do Tesouro, as receitas cresceram 11,7% no mesmo período, enquanto que as despesas aumentaram 13,9%. Segundo o Tesouro Nacional, as receitas têm tido um crescimento relativamente menor do que no mesmo período de 2005, quando cresceram 17,1%.

O Tesouro destaca que as receitas relacionadas a impostos e contribuições administradas pela Receita Federal cresceram apenas 7,8%, porcentual ligeiramente acima do crescimento nominal estimado do PIB para o período, que é de 6,8%.

As despesas do Tesouro Nacional totalizam R$ 141,040 bilhões, de janeiro a agosto deste ano, contra R$ 123,5 bilhões no mesmo período do ano anterior.

Segundo a nota do Tesouro, as despesas obrigatórias vêm crescendo com relativo dinamismo, especialmente os benefícios assistenciais e os trabalhistas do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT). Por outro lado, afirma a nota, tem havido uma expressiva redução das despesas discricionárias (não obrigatórias) em proporção do PIB, com exceção das áreas sociais.

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