Se a dúvida na frente ainda permanece, o treinador já demonstrou nos treinos como será escalado o time nos outros setores. Na zaga, Roque Júnior vai atuar com Edmílson. No meio, Gilberto Silva, Juninho Pernambucano e Edu estão confirmados.
Ele quer dar liberdade a Edmílson para desempenhar um papel importante na partida. Como prevê que os laterais Belletti e Roberto Carlos e os homens de meio-de-campo serão muito marcados pelos bolivianos, tem explorado nos treinos táticos investidas de Edmílson até a área adversária. “Ele pode ser o elemento-surpresa, aquele que vem de trás, sem marcação, pronto para definir”, disse Parreira.
O ex-zagueiro do São Paulo tem a seu favor o bom aproveitamento nos chutes a gol, nos treinos em Teresópolis. E como a Bolívia não deve dar muito trabalho à zaga do Brasil, o jogador deve se tornar, em alguns momentos, mais um atacante da Seleção.
Parreira está convicto de que a Bolívia atuará com sete ou oito atletas na defesa, buscando apenas os contra-ataques. Para furar o bloqueio, quer toques rápidos. E vem conduzindo os treinos na Granja Comary com esse propósito. Por dois dias seguidos, encurtou as dimensões do campo – as duas balizas foram colocadas sobre a linha da grande área, numa redução de 30 metros do espaço total. “Quero assim criar um automatismo, que os jogadores tentem o tempo todo roubar a bola do outro time.” Ele também vem dando ênfase aos treinos em que os jogadores são obrigados a dar apenas um toque na bola. Divididos em dois grupos, cada qual tem como objetivo deixar os adversários na roda a maior parte de tempo possível.
O coletivo desta sexta-feira, o único da semana, vai servir para confirmar ou não a presença de Ronaldinho Gaúcho no jogo do Morumbi. Também será uma boa oportunidade de a comissão técnica avaliar a resposta dos atletas aos treinos em que houve exigência de forte marcação e de tabelas com rapidez, para envolver os bolivianos. “O resultado, na verdade, é aquilo se apresenta na partida”, comentou Parreira.
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